Ilusão, fina flor abarrotada...
Estou cansada de tantas ilusões...
as que são, as que já foram,

a vida não me pertence,
entre furtivos e delírios
como canteiros em gaiolas,
me despossuo...
e perco o voo das borboletas,
e os acordes da alma,

entro em transe...
me aposso da paisagem,
como mera figurante, passeio nos jardins da Babilônia,
me distraio e me sinto mais feliz,

mas o que é bom dura pouco,
acordo como gata borralheira,
sem príncipe, sem flores, sem jardim,
o dia acinzentado,
a chuva fina,
Sinto. Sou eu.

The end