sem visar essa autodestruição.
É como um brincar no precipício, ou você cria asas e voa como pássaros,
É como um brincar no precipício, ou você cria asas e voa como pássaros,
ou você escorre como lama, precipício abaixo.
É mortal sim, mas o que não é mortal?
É um alimento-veneno, com suas contradições, aberrações.
É como um gole de cachaça, depois o fígado que aguente.
É o ópio do amor.
Ah! Mas o que seria da literatura e da poesia, sem esses venenos?
Mas também existem sentimentos passivos que destroem muito mais que a paixão:
É mortal sim, mas o que não é mortal?
É um alimento-veneno, com suas contradições, aberrações.
É como um gole de cachaça, depois o fígado que aguente.
É o ópio do amor.
Ah! Mas o que seria da literatura e da poesia, sem esses venenos?
Mas também existem sentimentos passivos que destroem muito mais que a paixão:
a compaixão é um deles.
Saio do inferno de Hades e deixo de ser presa da loucura
Refloreio meus jardins e reabasteço meus potes de mel
Labirintos abrem suas frestas, exalando uma brisa com fel
Pássaros invadem minha cabana e rompem a laqueadura,
Saio da minha floresta interior, chorosa e cheia de amargura.
Corro da deflagração descontaminada e dou rodopios flamejantes
Lampejos da claridade dão tons de esperança delirantes
Fantasio meus devaneios com a graciosidade de novos dias
Sou arremessada da escuridão e faço lindas acrobacias.
Transformo meu deserto afetivo, num patamar verdejante
Chacoalho meus quadris pra essa indecisão mirabolante
Saio dessa aridez destemida, com sofreguidão
Me sincronizo com a Paixão de Cristo e sua crucificação.
Leio o livro de Clarice Lispector, G.H., que fala de paixão
De seres multifacetados, truncados, vivendo na escuridão
Buscando seus pedaços nos escombros de seus ancestrais
Esfacelados, quebrados, se arrastando como animais.
Refloreio meus jardins e reabasteço meus potes de mel
Labirintos abrem suas frestas, exalando uma brisa com fel
Pássaros invadem minha cabana e rompem a laqueadura,
Saio da minha floresta interior, chorosa e cheia de amargura.
Corro da deflagração descontaminada e dou rodopios flamejantes
Lampejos da claridade dão tons de esperança delirantes
Fantasio meus devaneios com a graciosidade de novos dias
Sou arremessada da escuridão e faço lindas acrobacias.
Transformo meu deserto afetivo, num patamar verdejante
Chacoalho meus quadris pra essa indecisão mirabolante
Saio dessa aridez destemida, com sofreguidão
Me sincronizo com a Paixão de Cristo e sua crucificação.
Leio o livro de Clarice Lispector, G.H., que fala de paixão
De seres multifacetados, truncados, vivendo na escuridão
Buscando seus pedaços nos escombros de seus ancestrais
Esfacelados, quebrados, se arrastando como animais.
Ressuscito , serenizo, renasço e me parabenizo
Entre rampas e barrancos dou solapadas na respiração
antecipo minha liberdade dessa antiga alucinação
eliminando vestes desbotadas dessa velha e antiga paixão.
Tiro meus chinelos e piso forte na terra, com um novo eixo vertical
Subo num paraquedas e vejo a Terra lá de cima num tom magistral
Me sinto gigante, formosa, superior, até grandiosa
Vejo balões coloridos flamejantes se esvaindo num céu cor de rosa.
Entre rampas e barrancos dou solapadas na respiração
antecipo minha liberdade dessa antiga alucinação
eliminando vestes desbotadas dessa velha e antiga paixão.
Tiro meus chinelos e piso forte na terra, com um novo eixo vertical
Subo num paraquedas e vejo a Terra lá de cima num tom magistral
Me sinto gigante, formosa, superior, até grandiosa
Vejo balões coloridos flamejantes se esvaindo num céu cor de rosa.
Cuidadosamente, desço do meu balão, na ponta do pé, como bailarina
Faço uma apresentação no palco da vida com um chão coberto de purpurina
Espremo o azedume da vida e jogo seu universo fosco num cântaro sagrado
Estendendo o toldo da renovação nesse território delimitado.
Descasco pétalas de rosas sob espinhos e machuco minhas mãos
Me liberto sonolenta e cansada das agruras dessa paixão
Redescubro meu corpo com o coração renovado
Liberto minha alma desse grande e pesado fardo.
Me masturbo no rio dessa floresta completamente nua
Faço uma apresentação no palco da vida com um chão coberto de purpurina
Espremo o azedume da vida e jogo seu universo fosco num cântaro sagrado
Estendendo o toldo da renovação nesse território delimitado.
Descasco pétalas de rosas sob espinhos e machuco minhas mãos
Me liberto sonolenta e cansada das agruras dessa paixão
Redescubro meu corpo com o coração renovado
Liberto minha alma desse grande e pesado fardo.
Me masturbo no rio dessa floresta completamente nua
Me dispo dessa paixão visceral, cruel e crua
Anseio novos amores, deslizo em barrancos enlameados
Caindo do outro lado , com afetos não rotos e amores cruzados
Com a força dessa nova paixão, visto meu vestido decotado
Vermelho, sensual me engancho em um novo ser amado.
Desfilo como porta-bandeira com os pés descalços
sambo na avenida ganhando carinhosos abraços
com graciosidade e repleta de grandes emoções
vou deslizando meus pés para novas direções.
Anseio novos amores, deslizo em barrancos enlameados
Caindo do outro lado , com afetos não rotos e amores cruzados
Com a força dessa nova paixão, visto meu vestido decotado
Vermelho, sensual me engancho em um novo ser amado.
Desfilo como porta-bandeira com os pés descalços
sambo na avenida ganhando carinhosos abraços
com graciosidade e repleta de grandes emoções
vou deslizando meus pés para novas direções.
The end
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