Meu corpo está em ruínas
minha alma pendurada em sabiás coloridos, desaba!
oh! frescor da noite, onde estás?
oh! poetas do amor, onde se esconderam?
Brincam com meus sentimentos e se escondem atrás dos muros?
Vou esbravejar e contar até três...
Um... ciranda, cirandinha, vamos tomos rebolar, vamos dar a meia volta...volta e meia ...
dois... o cravo brigou com a rosa,
três... nunca aprendi a existir... só pesadelos voluptuosos...
Por que??? Porque quando vou falar de mim, sombras de outros me invadem...
Carniças do passado esbravejam em busca de tesouros perdidos
ouros, brilhantes e diamantes sucumbem num mar poluido, desvalido
Crueldade, roubas o que há de melhor em mim!
Oh! Vida drogada, cambaleante,
vem ao meu encontro já cansada, esbaforida
Combinemos então, não me esperes para o jantar
hoje quero jantar com os esquecidos
brindar com os desvalidos a aflição desamor
arrotar jardins murchos, sombrios,
de cores cinzentas para o escurecido
lamúrias, gentalhas!
canalhas!
Vivem se pendurando em mim, com o intuito de me agradar,
mas te conheço muito bem!
Desventura é o seu nome e mentira o seu sobrenome
Saiam do meu caminho!
Quero triunfar o tempo perdido!
Escouraçar-me na multidão que me rodeia
e me lambuzar de alegria
velha amiga perdida, sequestrada!
nesse sequestro relâmpago, ela se apartou de mim e
nunca mais apareceu...
"A ironia é a expressão mais perfeita do pensamento".
The end