Escorrego em meu colar de pérolas quebrado,
Deslizo docemente num baile repleto de ternura
Sob olhares cintilantes, me dispo da amargura...
Uso meu sapato vermelho, com meia soquete
e um vestido salpicado de bolinha azul celeste.
Recolhida nos bancos escolares, fico pensativa...
Sou escolhida pra paraninfa e começo minha narrativa
como uma maçã gelada, com as mãos lavadas
repasso a lição de casa, decorando tabuadas.
Visito meu território antigo e vejo emoções banidas
Fico à espreita de novas sensações adormecidas
Caminho no parque cheio de borboletas,
cheio de carrinhos de bebês fazendo caretas
Entre árvores outonais-tristes desfolhadas,
piso em suas folhas caídas , amareladas.
Entre lembranças de Ray Conniff e sua orquestra
La mer, Besame mucho, escolho sua música mestra...
Ressuscito delírios antigos em sonhos descobertos
Abro meu baú antigo repleto de afetos,
entre jóias reluzentes cheias de encanto
vejo cristais quebrados e me espanto
me acaricio eliminando todo o quebranto.
Enfeito minha casa com orquídeas douradas,
desprego das paredes fotos amassadas,
limpo meu jardim de ervas venenosas
entre lençóis coloridos, tenho sonhos cor de rosa.
Piso no tablado com meu salto quebrado
pinto meus lábios num tom rosado
afugento lembranças do meu ex-namorado
elimino rabiscos do meu caderno amassado.
Deslizo docemente num baile repleto de ternura
Sob olhares cintilantes, me dispo da amargura...
Uso meu sapato vermelho, com meia soquete
e um vestido salpicado de bolinha azul celeste.
Recolhida nos bancos escolares, fico pensativa...
Sou escolhida pra paraninfa e começo minha narrativa
como uma maçã gelada, com as mãos lavadas
repasso a lição de casa, decorando tabuadas.
Visito meu território antigo e vejo emoções banidas
Fico à espreita de novas sensações adormecidas
Caminho no parque cheio de borboletas,
cheio de carrinhos de bebês fazendo caretas
Entre árvores outonais-tristes desfolhadas,
piso em suas folhas caídas , amareladas.
Entre lembranças de Ray Conniff e sua orquestra
La mer, Besame mucho, escolho sua música mestra...
Ressuscito delírios antigos em sonhos descobertos
Abro meu baú antigo repleto de afetos,
entre jóias reluzentes cheias de encanto
vejo cristais quebrados e me espanto
me acaricio eliminando todo o quebranto.
Enfeito minha casa com orquídeas douradas,
desprego das paredes fotos amassadas,
limpo meu jardim de ervas venenosas
entre lençóis coloridos, tenho sonhos cor de rosa.
Piso no tablado com meu salto quebrado
pinto meus lábios num tom rosado
afugento lembranças do meu ex-namorado
elimino rabiscos do meu caderno amassado.
Revejo andorinhas azuis voando num céu sob abrigo
cubro devaneios solitários do meu peito oprimido
descubro antigas névoas no meu rosto embargado
passo um lápis preto no meu olho esverdeado,
Entre valsas e mambos sacolejo meus quadris
coloco vestidos coloridos bordados de rubis
coloco minhas mãos nos meus cabelos macios
brinco, pulo, choro e dou dezenas de corropios?
Entre salões coloridos cheios de bailarinos
dançando, vou sentindo odores masculinos
do perfume pinho silvestre, predileto dos meninos
que acariciam com suas mãos fortes ombros femininos,
entre cobertores de inverno faço a ronda nas esquinas
tiro meus sapatos de salto altos e faço faxinas
dou giros gigantes com meu saiote rendado
buscando sons e tons nobres desse doce passado.
The end