Somos fétidos e perecíveis, remanescentes da condição humana submersa nos esgotos, cheio de larvas, enquanto não conseguirmos quebrar esse boneco de gelo criado pela imagem, que significa, boneco de vidro, congelado, criado pela ditadura do desespero e do medo; são bocas amordaçadas... Poucos possuem a coragem de quebrar esse vidro e deixar escorrer o sebo gosmento, visceral e humano, que existe dentro de si... Usamos máscaras de ferro para não deixar escorrer esssa secreção, purulenta, dos tumores intumescidos da aflição e do desamparo.
Somos super homens de babadores criados pela existência pré-fabricada, somos remanescentes da multidão insalubre afixada nos murais da tristeza e da desesperança, irmanados em cantos sem glórias.
Acudimos um bebê e não conseguimos tocá-lo.
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