terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Espantalho

Entre trapos da mendicância                              

vagando nos suores da noite                        

solicito a solicitude do amor...


sem cabeça, sem juízo,

como diásporas, exauridas em multidões,

num cansaço de ser e estar

vagueio, na impermanencia, no vazio...



Entre   bocejos da solidão, visualizo;

restos da coleção humana,

em cinzas!

e comunico o meu falecimento!


em fissuras,  e tripas esmaecidas,

de insucessos amorosos

incontidos, extirpados em cáusticas  descombinações,

como traviatas em espasmos,

viro condolências,  na poeira da dor, do desamor..




como bengalas e sofismas,

me transformo em cacos das estrelas,

me contorço na solidão,

e viro a tormenta na escuridão!


The end

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