terça-feira, 26 de julho de 2011

Ser

Ser, como o amanhecer, que anoitece e não perde o amanhecer.



Eu sou tudo aquilo que tinha que ser, sem melodramas, sem sujeições, sem medo de ser...
Me espelho no pássaro que voa, na mulher à toa, num mar que  nunca se povoa.
Não tenho fórmulas, não tenho formas, não tenho medo, nem receios... esse é o meu ser.
Esse é o seu ser, somos assim, simplesmente.  
Abomino a deslealdade de não ser
Chamo a clarividência do ser, me enrosco em mim, acavalada e acariciada,
Denuncio a imprecisão do ser. Chamamentos inócuos entorpecem seu ser puro,
Impurezas atacam seres primitivos como vermes venenosos
Aliciados são pelas pestes da vaidade humana,
mitos errôneos sub-julgados pelo patrimônio mistificado, petrificado...
 
Ser simplesmente como folhinhas voando ao vento, sem couraças, sem trapaças,
sem pirraças, desencorajados do destino.
Seres sendo, simplesmente. Preservados e protegidos pelo ar puro do encantamento, 
da inocência, dalealdade, da coragem de ser...

Ser simplesmente, pelo puro encantamento de  ser, sem ostentação, 
com coração, sem enfeites entorpecidos
Ser, como o renascer que amanhece com o florescer,
que escurece e não perde seu amanhecer.

Que no dia seguinte traz a novidades, sem vaidades,
como rabiscos sem contornos definitivos, que flutua, que cultua o descultuar,
que fascina sem seduzir, pela pura forma do ser...
Sem amarguras e sem ternuras, sem abatimentos, nem comprometimentos,
sem agruras, com alguma ternura.


The End

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