terça-feira, 25 de junho de 2013

A mulher na janela



Em resgate, em meio às últimas manifestações ocorridas em São Paulo, a mulher na janela chora muito pela solidariedade presenciada - e há muito perdida; lembra de seus momentos gloriosos da PUC, da força que havia nas grandes massas, da união e a conscientização de grupos se apoiando, como em grandes mutirões... em meio à tanta sacanagem e egoísmos recheados de corrupções políticas, uma mão se levanta e ergue a sua voz, é a vez do povo, sofrido, maltratado, que ora se reúne e une forças para transformar...

terça-feira, 11 de junho de 2013

A mulher na janela



A liberdade a assustava, parecia que ia ser engolida de alguma forma. Se protegia em meandros sem fluxos, em rios sem correntezas, buscava o delírio, mas não conseguia ultrapassar-se; o ânimo era atropelado pelo desgaste em conflitos, ora se achando excessivamente britânica como uma xícara de chá, outras vezes como uma escrava devassa de Marquês de Sade, o olho de Deus sempre a rodeava..Por que? Isso não era muito justo... Corrompe-se na dança, extenuando-se com o bolero de Ravel, até o êxtase, se esvaindo no chão...

terça-feira, 4 de junho de 2013

A mulher na janela


 
Estarrecida em decepções, busca no humano cantigas esquecidas, abrigando fúrias em desgastes. Parada, estática, lembra de cores de Picasso, Monet, delineia seu peito em sons de Verdi, secando seus olhos em taças de vinho; em ventos imprecisos, consola sua alma cansada... em lágrimas, enxuga seus olhos com versos sem cores... É a imprecisão humana, nebulosa, em transparências, escorregando em ralos da vida...