quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Rostos sem memória

Rostos desfigurados submergem num mar de horror,
com cicatrizes perfuradas, boiando no universo da dor
empretejados, esfarelados como resíduos do desamor
esvoaçantes, atirados  num céu em torpor...
 
Urubus cantantes, farejadores da morte espreitam,
com  suas pupilas esmagadas olhos rastejam
fascínoras da vida,roedores  de mentes submergem
num mar escuro,  chuvas pretas acontecem.
 
No céu vermelho escuro sangrento-purulento
desamparados roçam em coágulos sanguinolentos
emergidos de vítimas inocentes vômitos irmanados
fezes  fétidas desfilam em bueiros atolados.
 
Moribundos fanáticos presos sem epidermes
em corpos  tôscos com pele  bichada de vermes
rostos desfigurados soluçam  escondidos
buscando seus restos nos achados-perdidos
 
Memórias na escuridão soçobram esvaídas
buscando  reminiscencias trituradas escondidas
esmagadas num chão esfolado, quebrado
sussurantes,pedintes, em esmolas atiradas.

 
The end

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