quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Intimidade devassada

Meu corpo

fonte de prazeres

se esvai em desejos  escondidos

da permissividade retraída,

de afetos sujos, roubados



me dispo na rua,

sou possuída por transeuntes obscuros,

minha alma marginal clama silêncios!

Mas meu corpo se distrai no comichão

de ardores apimentados,



abraços desnudos  acolhem  meu corpo infértil

farturas e fraturas combinam-se nas esquinas dos esquecidos



sento no lixo da agonia e do perdão,

transvisto a culpa em morcegos dourados,

levanto voos em desejos ardentes,

esculpo minha alma marginal

e desfilo com cães,

verdadeiros guardiães do futuro!



The end

2 comentários:

  1. Como sempre. forte, chocante, real. Gostei.

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  2. Uau, o desejo toma conta do tudo, que é desejável.Uma avenida de sensações.Beijo e parabéns.

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