terça-feira, 28 de junho de 2011

Turbulência

As palavras formigam em meu cérebro e não me deixam dormir... acordo entre geléias e açúcares cristalizados,alimentando as formigas pra que me deixem em paz...


É madrugada...
As janelas do meu ser estão emperradas...
Tento me libertar de odores fétidos medievais 
o carro do lixo está passando
estoco mercadorias e inutilidades internas,
gerencio escravidões,
há festejos lá fora...
Vejo o rastro da jiboia e me defronto com tiranias desmesuradas
tento combater a escuridão...
Negligencio e sofro.
Me apatizo e estendo cobertores torcidos
tento me amparar no passado e vejo remendos esgarçados,
sou predestinada...
Meus ouvintes adormecem
me fascino e me perco nas alquimias complicadas
tento uma mais simples
misturo paciência com liberdade
e vislumbro tons de sabedoria...
Me aquieto e tento aprender o silêncio,
dou uma olhada na alma universal
danço a valsa dos amantes
sou a imperatriz dos sonhos... 
Me aventuro na alquimia do amor
e encontro o sol e a lua
em  bodas, como o  espírito e a alma...
Adormeço nesse sonho colorido,
acordo na estiagem da turbulência
ao som da cantiga de ninar de Brahms
e da valsa sangue de Viena de Strauss.

The end

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