sexta-feira, 17 de junho de 2011

Mulheres do nosso tempo

Mulheres gloriosas
com suas espadas desbravantes
venerandas de espaços luminosos
escavadoras de espaços purulentos
penduradas nas asas do saber
desmecanizam motores corroídos pela comiseração,
com seus estopins guerreiam...

Solidificam carreiras na abstração e na solidariedade
carregando fardo de generosidade
alvos de pilherias masculinas
circundam em tecnologias espaciais
como rebentos da terra
enchem seus chapéus de flores.

Abrem seus territórios para genialidades triviais,
discutem guerras
lambem suas feridas
cutucam dissabores dissonantes
se afeiçoam  às suas entranhas
pintam, colorem suas raivas germinosas
se despreendem de passados ingloriosos
gargalham em  saciedades odoníricas.
Campestres, risonhas...
Roliças, furiosas...
Selvagens e sensuais.

Se enroscam  em cobertores masculinos,
nas suas inseguranças e contradições
são amparadas por grandes Fortes
tricotando filosofias , saem pela tangente...

Ensaboadas, perfumadas...
Suas genialidades são guardadas em cofres
generosas se resguardam na lua cristalina inventada
sobem o morro com latas dágua na cabeça
se despem de receios e medos inuteis
acarinham com suas mãos fortes dissabores masculinos.

Centradas
guerreiras
cintilantes,
desbravam territórios,
assoviando, cantarolando...
Recebendo aplausos de gênios enlouquecidos,
contemplam, aplaudem vitórias mil
dos esquecidos, injuriados e repudiados.

Como minorias disfarçadas
se entregam, se esvaiem nas serpentinas da multidão
tateiam o escuro se lambuzando do piscar das estrelas
se desanuviam, arrancando suas máscaras da solidão e impotência...

Dirigindo em alta velocidade glórias mil,
se distanciam dos apegos e apertos...
Se contraem ante o improvável e
batem o pé na constestação....
Amparadas pelas festividades outonais
colhem cerejeiras,
e se tornam forasteiras e sorrateiras do faroeste
penduram seus revóveres nas cartucheiras e atiram
nas pedrinhas emperradas de calosidades
dos seus sapatos de saltos altos, apertados...

No nevoeiro empobrecido, gélido...
digladiadoras do futuro,
nagnânimas do tempo e do imprevisto
se potencializam  e se lambuzam
nas framboezas e nos morangos silvestres,
com seus perfis e narizes arrebitados.

De sua face rosada
emana odores de amíscar e pétalas de rosas brancas.
Criam touros nas suas arenas,
sucumbem, caem fatigadas
expõem suas fraturas expostas...
Entorpecidas, machucadas,
se garantem nos albergues noturnos
cheio de comichões.
The end. 

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