sexta-feira, 17 de junho de 2011

Sons da libertação

Minha alma caminha solitária e respinga os pingos gelados da chuva trêmula
do céu nublado, se esbarrando em afetos contorcidos de indigentes da desesperança..
 
Oh! Escuro da noite, liberdade sem medo! Onde estão?
 
Fujo das entranhas da vida e adormeço em braços cristalizados, endurecidos.
Saio de fúrias engessadas e tensiono músculos do meu coração,
adio provas e torneios.

Exausta, caio em gramas verdes, cheias de espinhos,
arroto dias em vão, cambaleando na escadaria da existência...
Flutuo em mares gelados,
em afetos contorcidos, despenco no  infinito...

Caminho na chuva solitária e lavo meu rosto da atmosfera suja e pesada,
carrego nos bolsos balas com licores diversos,
me lambuzo de framboezas e cremes achocolatados.
Deslizo na escadaria do infinito
e caio em lençóis de cetim do conformismo e da solidão.
É a vida que assim se contrapõe e se dispõe
assim, desse jeito, dessa forma... 
 
Oxalá a minha alma se desacalme e e me faça  furar as paredes da existência, 
indo ao encontro de almas borbulhantes, em convulsão,
descomprometidas do conformismo da estagnação.
 
The end.


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