Beijos, carícias e amorosidades explícitas são como chuvas,
que encharcam um canteiro de rosas e não eximem o viço,
a beleza das flores umedecidas.
Com a boca entreaberta, me afundo entre cobertas,
entre beijos saborosos, lambo beiços fogosos,
mordisco a língua entre a aflição e a sofreguidão,
com o peito ofegante sofro um delírio alucinante.
Com açoites de amor respingo nuances de dor,
salivo clandestinos dissabores e novíssimos amores,
línguas submergindo em oceanos de volúpia,
carnes latentes escorregam, farejando novas núpcias.
Dispo o frenesi da agonia, e desemboco na orgia,
com arrepios latentes, ranjo meus dentes latentes,
como flores descobertas nado em mares abertos,
entre desejos contidos, vocifero ruídos e gemidos.
Amacio peles arrepiadas, entre a comoção e o nada,
desanuviando toda dor, invoco duendes e fadas
cajados e varinhas mágicas se dispersam em multidão,
ante o esfacelamento da emoção, ajoelho em comoção.
Rogo a eternidade esse amor de instantes,
alimento visceral de desejos flamejantes
vejo luzes dançantes rodeando seres amados
entre um céu aberto de infinitos desnudados...
Com rituais harmoniosos, clamo seres fervorosos,
descubro a cama na lama, e me despeço da fama,
com fogos de artifícios, despeço amores fascistas,
metamorfoseio dores de amor em flores ametistas.
Entre beijos gulosos retalho a dor esbugalhada
sorvo sua língua, sua saliva, e dou uma gargalhada,
engulo seu gosto, degustando substancias milagrosas,
transformo minha boca sedenta num jardins cheio de rosas.
The end
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