Rasgo as cortinas do destino e vejo seres em desatino, se desmontando, no submundo da ilusão, carregando seus pedaços em feiras de inutilidades modernas, dilacerados... como numa grande Bienal. .. de resíduos de escombros humanos esmagados , Se desmontam no quarto escuro da vida e saem montados em seres de porcelana, cheios de rachaduras..e limo infectados.... montam em seus carros artificiais de luxo...saem para seus trabalhos remontados em guardiães da escravidão... acorrentados, se debatem em águas turvas.... festejam com suas faces pálidas, seus salários cheios de comichões... compram quinquilharias contaminadas com confeitos apodrecidos amanhecidos.... Se fixam, em caixotes de papelões, encostados uns aos outros... fantasiados em arranha- céus....Desmoronam-se na contaminação amanhecida de lagos secos putrefatados.... enfeitam seu ser com rosas murchas de canteiros apodrecidos pela terra ressequida de vermes venenosos.... pobres vermes do destino, desamparados, soçobram na ribanceira, caindo em picadeiros escuros de circos rasurados com palhaços corrompidos.... Com a imagem denegrida, sucumbem do alto, voando com asas amortecidas, buscam novos territórios prá pousarem....seus dissabores, suas ilusões..... The end |
quinta-feira, 26 de maio de 2011
Marcha da solidão
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário