quarta-feira, 25 de maio de 2011

Homens com asas de criança

Perdidos na inocência dos parques aquáticos coloridos
remam contra a vida num vigor juvenil.
Destemidos, carentes, traquinas,
com asas de  criança, homens de aço
franzinos, ruminantes, devassos
intelectuais, primais, atuais...
 
Super-homens com babadores,
reféns de povos bárbaros da antiguidade
se escondem sob armaduras gigantes
como leões rosados da ambiguidade.
 
Celebram  seus jogos píticos irmanados
com afeto e fúria consolidados.
 
Homens dinamites com suas pastas pretas de James Bond,
pegam seus carrinhos de brinquedo assassinos,
trafegam nas avenidas da aflição
e, em velocidades desenfreadas instigantes
desembarcam no túnel da escuridão.
 
Sacerdotes das trevas e do combate,
com suas  espadas empinadas para um céu escarlate,
irmanados de fúrias e afetos desconhecidos
se aninham em infinitos adormecidos.
 
Dominadores e invasores de territórios femininos,
guardiões da honra e do poder,
Hércules com chupetas a tiracolo,
guerreiros foragidos que buscam renascer.
 
Com sua anima massacrada
e seu animus endeusado
tem uma  visão embaralhada
de seus afetos camuflados...

Entre esbarrões e apertos de mão
se retraem em afetos solitários
dirigem suas vidas ao contrário
Temerosos , bastardos e valentes
criam asas e voam  num céu aberto,
entre cervejas e litros de aguardentes                      
se constelam em nuvens da  solidão.


                                     The end

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