terça-feira, 23 de outubro de 2012

Escrever...



A sensibilidade escorre e escorrega no sebo do sebo, bebendo águas impuras das vicissitudes da vida...

O  Inconsciente se abre e irrompe, naufragando em obscuros desejos

jorram idéias e alucinações...

persisto, insisto, desisto.

Novas sensações marejadas saem em conquistas bravias

desejos de morte perfuram vidas vazias

farejando o cheiro do mundo, imundo de desejos e superstições

Não se pode cair em desfiladeiros de agonias

Reajo, vocifero e em latidos roucos tento achar o rabo escondido entre as pernas

Almas ensaboadas em perfumes vencidos sonambulizam em ruas empoeiradas

Um desconforto no peito...

Em vistas turvas, canoas furadas juntam corpos úmidos, feridos

Em delírios da noite, me travisto de ardores apimentados, atravessando bares decadentes, fora de moda

cigarros acesos invadem penumbras cinzentas, onde vultos esquálidos em cheiros solitários divagam em boemias...

Um silêncio em fumaças exalta a magia daquele momento único, da solidão, de seres empoeirados

Vingo simplesmente, sem melodias, em notas desafinadas...


The end

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