terça-feira, 9 de abril de 2013

Amor de uma nota só





Naquele quarto
É tudo tão calado
sem ruídos

o plástico na cadeira
o sapato sem par

as janelas fechadas
flores de  plástico sem raízes
a goteira 
vinis esparramados em poeiras

pesos de ferro mortos

esperanças
em cadeiras anárquicas

me estiro no sofá preguiçoso
em caminhos sem fé
amebas presas

em servidões...
The End




6 comentários:

  1. ...momentos de solidão inconformada!! <3

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  2. sim, a solidão a dois num quarto... os objetos potencializam essa solidão... obrigada pela apreciação, beijosss

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  3. Respostas
    1. Vanessa, me sinto honrada com a sua presença aqui querida...amo o que escreve...beijoss e obrigada

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  4. E cada objeto é um icone em si, parte de um ritual interminável.

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    1. Querido Dario, quanta honra vê-lo aqui em meu blog, me sinto honrada com a sua presença...ah...sim, Dario, cada objeto, símbolo carregado em afetos e desesperanças...quietos, eles comunicam a solidão a dois, a quietude, a apatia... sim, parte desse ritual interminável, chamado solidão.Um beijo grande!

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