Poeiras da solidão orvalham corpos rodopiantes no salão
duas taças de vinho seco, como a secura do ar
carentes de toques, reluzem na escuridão
o bongô dá o compasso do rosto colado do casal
sentimentos calados acendem...
corações em disparos furam o cerco
dos dias que se foram, dos dias que virão
Abraços em remendos, olhos esbugalhados
Desperto...
a tempestade fere os vidros da janela
trovões acordam a realidade
abastecida de vermes e punhetas
com a cabeça ferida volto pra razão
mariposas da luz são assassinadas
um grito abafado ressoa ao longe
me esvaio no chão, em sangue e lembranças
The End
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