terça-feira, 25 de setembro de 2012

Ruínas




Meu corpo está em ruínas

minha alma pendurada em sabiás coloridos, desaba!

oh! frescor da noite, onde estás?

oh! poetas do amor, onde se esconderam?
 
Brincam  com meus sentimentos e se escondem atrás dos muros?
 
Vou esbravejar e contar até três...

Um... ciranda, cirandinha, vamos tomos rebolar, vamos dar a meia volta...volta e meia ...

dois... o cravo brigou com a rosa,

três... nunca aprendi a existir... só pesadelos voluptuosos...


Por que??? Porque quando vou falar de mim, sombras de outros me invadem...
 
Carniças do passado esbravejam em busca de tesouros perdidos

ouros, brilhantes e diamantes sucumbem num mar poluido, desvalido


Crueldade, roubas o que há de melhor em  mim!

Oh! Vida drogada, cambaleante,

vem ao meu encontro já cansada, esbaforida

Combinemos então, não me esperes para o jantar

hoje quero jantar com os esquecidos


brindar com os desvalidos a aflição desamor

arrotar jardins murchos, sombrios,

de cores cinzentas para o escurecido

lamúrias, gentalhas!

canalhas!

Vivem se pendurando em mim, com o intuito de me agradar,


mas te conheço muito bem!

Desventura é o seu nome e mentira o seu sobrenome

Saiam do meu caminho!

Quero triunfar o tempo perdido!

Escouraçar-me na multidão que me rodeia


e me lambuzar de alegria

velha amiga  perdida, sequestrada!

nesse sequestro relâmpago, ela se apartou de mim e

nunca mais apareceu...

"A ironia é a expressão mais perfeita do pensamento".

The end

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