terça-feira, 13 de março de 2012

Violino tombado

Meu coração chora como um violino desafinado...

lamentando acordes que não virão...

como o silêncio desabrigado

como flores sem tons, sem cores

Há um grande cansaço na alma do meu coração

Vivo romances da nobreza, em ficção...

como o violino tocado sem dedos,

como faces tombadas sem risos

São as condolências da razão

Aumentamos intensidades...

mas o coração quebrado com o cadeado arrombado, desconhece

as razões da paixão...

Findamos o existir, arrastando, quase sem fôlego...

Somos marcados com máscaras de ferro...

Viramos soldados do inferno

Defendemos batalhas inglórias

É a esperança com reticências...

São os favores do amor

É o fim da espécie amorosa, sem frison,

Sem som, sem clarão,

Em plena escuridão.

 
The end

4 comentários:

  1. Luiza, visitando seu blog logo cedinho, um ótimo café da manhã literário! Buscando nos teus versos, a coragem para malhar.

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    1. Ana querida, uma boa malhada em seu caminhar, apesar desses versos adversos, pelo menos, o corpo a se salvaguardar...

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  2. Triste, como tudo num sentir verdadeiro, mas belo tb. Um beijo.

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    1. Sim, difícil esse sentir verdadeiro, vivemos na penumbra em ferrugens... beijo

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