segunda-feira, 19 de maio de 2014

Vira-lata




Chega
das caretices e dos puxa saquismos
das divindades caídas
dos reinos unidos fragmentados
dessa porra desse computador 

Ai que saudades

das simplicidades sem vistorias
de águas paradas, porém,
livres e libertas
da negra do cachimbo
do sertão agreste
sem veredas
das tabernas
de Máximo Gorki

da merda sem parasitas
do homem
do humano
que escarrou e sujou o tempo
embaçou os vidros
com seu hálito fétido

medidas inexpressivas
fazem
essa espécie híbrida,
incapaz, sonolenta,
sorrir.
com seus dentes amarelados, cheio de cáries...

eu vou pra Tucumã
aliciar meus tormentos
dormir com as cabras
e fuder com os jumentos


The End

8 comentários:

  1. Saudades das simplicidades mesmo. D'A Mãe do Górki e de seus Contos. Era mais simples viver, eu acho. Um bjo, Luiza.

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    1. Sim, amigo, concordo, nessa simplicidade existia a genialidade....beijos, saudades

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  2. que bom me relembrar que existo, beijos sua lindaaaaaaaaaaaa

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  3. eu aqui falando em fragmentos, rs.... mas vá lá que te amo então tudo bem né?! vejo suas raizes bahianas em seu poema

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  4. Clarissa, queridíssima, apesar de estarmos longe, o amor continua....muitos beijos e muitas alegrias em sua vida. Você é inesquecível!!!! beijossssss

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  5. Bom, igual a tudo o que você faz, Luiza! Lindo poema. Parabéns e beijo no coração.

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  6. Querida, Anaaa, sua escrita que é primorosa, preciosa, amo seus poemas, sua pessoa, sua alma, tão generosa! beijo queridíssima!

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