terça-feira, 8 de outubro de 2013

Culpa



Eu atirei no xerife.
Mas não matei o delegado.
Tudo que fiz foi em legítima defesa.

Tudo é tão pequenino e vil!
meditação transcendental, bah!
Eu vou correr com os porcos

louvar Maria Callas!

Esvaziar meus bolsos de falsas moedas
vomitar a rapadura azeda, dada aos pássaros
Vou caminhar com as estrelas decadentes

Chega de vieses infiéis
Chega de em que nada houvesse
É só um vácuo

Vamos vadiar nos buracos da fé
patrocinar remendos em cascas grossas
a grosseria é a mãe das irmandades

Culpado!


The End

Um comentário:

  1. Rsrsrsrs...poesia realista, poesia de entranhas! A sua marca no mundo! Gostei querida! Um beijão de fã!

    ResponderExcluir