terça-feira, 14 de maio de 2013

A mulher na janela



Confusa, tenta correr atrás de sua essência, maculada talvez pela mulher inocente que quer se feliz, uma felicidade que não condiz com suas raízes, em chamamentos internos mais profundos. Chacoalha a poeira do cotidiano que entorpece os sentidos e tenta desanuviar seus sentimentos, lembrando de atos do passado, ensaboados pela doce liberdade que reluzia... Tenta recuperar esse frisson, pra desabotoar a coleira do enforcamento. Lembra de um aforisma de Nietzsche: "Alguém precisa ter caos em si mesmo para dar luz a uma estrela dançante". Essa frase devolve a sua antiga potência. Dorme profundamente agarrada a sua doce liberdade.

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