Na França Medieval,
encantada sempre com as letras,
não via a hora de me encontrar com aquele velhinho,
de barbas brancas, sábio condutor das palavras
Líamos à tarde, velhos livros e autores clássicos
Me encantava com sua sabedoria e sua rabujice
Fazia-me deleitar em versos, saboreando o chá de frutas com canela
dizia-me, leia!
e eu ria,
e ele, categórico,
Leia! leia!
Um dia, após a sua ausencia
fiquei o dia inteiro rasgando meu intelecto preguiçoso
de repente, ouvi Ave Maria de Brahms
peguei a caneta e fiz uma enxurrada de versos
molhados com a goteira que caia sobre os meus papéis...
vi e ouvi, céus e infinitos...
mergulhei num universo com muitos versos
e tatei a poeira dos livros
sentindo a textura de sua grafia
emsaboei meus sentidos de bebidas doces de Baudelaire
cai na gosma grudenta de Chateaubriand
aliciei Proust em minha cadeira, colocando-o em minha cama
senti os vapores voluptuosos de Madame Bovary
e esvaziei meus sentidos com a loucura charmosa de Camile Claudel
Um outro dia
Ressurge Senhor Bopprê,
e me questiona, o porquê de tanta bagunça, estardalhaço em minha casa
Falei a ele, estou limpando a poeira do intelecto,
e, ele respondeu
Nada disso é necessário,
a sabedoria é serena e mansa e o vulcão só aparece com a morte
nadas em fogueiras de águas,
o conhecimento é a simplicidade da vadiagem...
encantada sempre com as letras,
não via a hora de me encontrar com aquele velhinho,
de barbas brancas, sábio condutor das palavras
Líamos à tarde, velhos livros e autores clássicos
Me encantava com sua sabedoria e sua rabujice
Fazia-me deleitar em versos, saboreando o chá de frutas com canela
dizia-me, leia!
e eu ria,
e ele, categórico,
Leia! leia!
Um dia, após a sua ausencia
fiquei o dia inteiro rasgando meu intelecto preguiçoso
de repente, ouvi Ave Maria de Brahms
peguei a caneta e fiz uma enxurrada de versos
molhados com a goteira que caia sobre os meus papéis...
vi e ouvi, céus e infinitos...
mergulhei num universo com muitos versos
e tatei a poeira dos livros
sentindo a textura de sua grafia
emsaboei meus sentidos de bebidas doces de Baudelaire
cai na gosma grudenta de Chateaubriand
aliciei Proust em minha cadeira, colocando-o em minha cama
senti os vapores voluptuosos de Madame Bovary
e esvaziei meus sentidos com a loucura charmosa de Camile Claudel
Um outro dia
Ressurge Senhor Bopprê,
e me questiona, o porquê de tanta bagunça, estardalhaço em minha casa
Falei a ele, estou limpando a poeira do intelecto,
e, ele respondeu
Nada disso é necessário,
a sabedoria é serena e mansa e o vulcão só aparece com a morte
nadas em fogueiras de águas,
o conhecimento é a simplicidade da vadiagem...
The end
Nenhum comentário:
Postar um comentário