terça-feira, 13 de outubro de 2015

           Meu corpo


espreguiça-se entre outros
generoso, atrevido
solta-se
e desgarra do estofo

guarda folias e enzimas
dentro da barriga

movimenta e esbarra em outros
silhueta sinuosa

lindo
magnífico
da vida
da busca
da precisão

outrora encostado como almofada no chão
como mobília adesiva
fazendo contraponto na escuridão

defumado
faz as vezes do peru assado

encantado
dança a valsa do adeus


                   the end

2 comentários:

  1. Adorei a "coreografia", um poema sem dúvida delicioso, onde se encontra sem dúvida movimento, "musicalidade", visceral até! Beijo Luiza!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Amigo queridíssimo, grata por essa sensibilidade lindíssima em apreciar esses pobres versos. Beijos querido, seja sempre bem vindo. Beijos com carinho!

      Excluir