Gotas de sangue
escorrem da melancolia,
do dia que se foi,
do frescor adiado,
do mel que virou melado
retiro-me do ar!
para o aconchego
de ninhos sem ninhadas
de passarelas amargas,
sem brilhos, opacas.
Como gotas de licores afrodisíacos
esvaindo de buracos sagrados
jogo a minha emoção
em águas de bacias mornas
Estou morrendo...
escorrem da melancolia,
do dia que se foi,
do frescor adiado,
do mel que virou melado
retiro-me do ar!
para o aconchego
de ninhos sem ninhadas
de passarelas amargas,
sem brilhos, opacas.
Como gotas de licores afrodisíacos
esvaindo de buracos sagrados
jogo a minha emoção
em águas de bacias mornas
Estou morrendo...
fantasio a morte em cenas impróprias para menores de 80 anos
subo no monte de Narayama
bucar a dignidade na balada de Kurosawa
despenco no Weekend à Francesa, de Godard
me despejo nos cânticos de Maria Callas
vejo a minha lucidez endividada
com amanhãs inexistes, em fumaças sujas, disformes,
como espectros atormentados
Estou em ruínas
Me enrolo embaixo de cobertores abafados,
sigo em caminhos, a túmulos sem fim...
subo no monte de Narayama
bucar a dignidade na balada de Kurosawa
despenco no Weekend à Francesa, de Godard
me despejo nos cânticos de Maria Callas
vejo a minha lucidez endividada
com amanhãs inexistes, em fumaças sujas, disformes,
como espectros atormentados
Estou em ruínas
Me enrolo embaixo de cobertores abafados,
sigo em caminhos, a túmulos sem fim...
The end
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